segunda-feira, 23 de maio de 2011

Aix-en-Provence

Montagne Sainte Victoire

   Passei esse fim de semana em Aix-en-Provence. Aix é uma cidade universitária, sempre lotada de gente. Como todas as cidades que eu fui por aqui, é daquelas cidades bonitinhas provençais com ruas estreitas e portas muito antigas. 
   Cada esquina que você vira tem uma fonte. A palavra Aix significa que é uma cidade com água - tem várias cidades que começam assim. Aqui tem fontes para todos os gostos e tamanhos.

La Rotonde, o cartão postal da cidade

A fonte do Pumba

Fonte dos Quatro Monstrinhos - ops - Golfinhos 

Fonte com barquinho

Metade reformado e metade não

   Fui no Museu de História Natural, que apesar de pequeno é bem legal, um dos mais interessantes que eu já fui por aqui (nessa viagem). Algumas salas com dinossauros, algumas com animais empalhados, algumas com coisas sem graça, como todo museu. =]

Rex - mais uma vez eu pensei no filme.

   Fui também numa exposição de fotos no espaço Cézanne (o pintor Cézanne nasceu e morreu em Aix-en-Provence) sobre o Egito, tinha uma foto de mil oitocentos e não sei quanto, de um mendigo sentado ao lado de umas múmias, medonho. Mas no geral foi bem legal.
   Como eu tenho ido mais em cidades com praia, não tinha ido a um parque ainda. O parque de Aix é bem legal, não muito grande mas com muitas árvores e piqueniques e pessoas tomando sol. É que nem praia, as pessoas vão de bikini/sunga, levam toalha e protetor solar e tudo mais.


Esses estavam jogando alguma coisa equivalente a truco - gritavam muito.


domingo, 15 de maio de 2011

Festival de Cannes

   Ponto alto do fim de semana:
Sim, eu tirei essa foto. E sim, são estas pessoas.

O vestido da Penelope Cruz não me deixa mentir

   Vamos ao começo da história. Fui pra Cannes esse fim de semana, exclusivamente por conta do Festival de Cannes, é claro. Sábado de manhã eu descobri que ia ser a première do quarto Piratas do Caribe - que aqui chama Pirates des Caraïbes. Isso significava possibilidades de ver pessoas muito famosas - ok, eu só pensei no Johnny Depp, por alguma razão Naylística. 
   Cannes não é longe daqui, mas o transporte é meio enrolado. Teve que ser um ônibus até St Raphael e um trem até Cannes. Eu fui com uma amiga au pair estado-unidense que também mora em Cogolin, um amigo dela inglês, e uma outra au pair, alemã, que mora em St Raphael, então encontramos ela lá. Enquanto esperávamos o trem pra Cannes, eu resolvi que seria legal tirar uma foto. 
Não, não era essa ainda

   Aí a minha câmera não funcionou. Ela agonizou um pouco - abriu e fechou várias vezes seguidas sozinha, apitou algumas vezes, e morreu. Eu sei que ela era velhinha e estava próxima da aposentadoria, mas tinha que ser no meu caminho pra Cannes? Pra ir pra Cannes sem câmera, melhor dar meia volta e ir pra casa ver pela TV. Ok, nem tanto.
   Pra ajudar a gente tinha perdido o trem que a gente queria pegar - e teve que esperar 50 minutos pelo próximo. Quando chegamos lá, só tinha mais 50 minutos de tapete vermelho. Eu não fazia ideia de quem já tinha entrado ou não, mas eu não queria ir sem a câmera. 
  << Claro, eu sempre podia pegar as fotos das câmeras das meninas. Mas eu nunca tinha visto as fotos tiradas por elas antes. E se fossem péssimas? Não era o momento pra deixar pra sorte... >>
   Perguntei na estação, e me explicaram onde era o tapete vermelho e onde era a Fnac. Corri pra Fnac, comprei uma câmera nova em menos de 10 minutos e fui correndo pro tapete vermelho, até a metade do caminho. Aí eu fui andando bem lentamente porque tinha MUITA gente. Mas eu cheguei até um lugar onde eu via o topo da escada - pelo menos uma parte do topo. 
   Aí eu tinha que abrir a caixa e tudo mais. Claro que quando eu abri, eu estava interessada na câmera e deixei cair tudo no chão - manual, cds, fios - no meio da rua molhada (tinha chovido). Tá bom tá bom eu to entendendo que é pra ser um desafio... consegui montar a câmera - pilhas/cartão de memória - e comecei a tirar fotos do pouco que eu enxergava. 
   Tudo estava tão longe que eu não reconhecia ninguém. Eu sabia que eles estavam lá porque tinha alguém narrando no microfone: and here iiiiiissss Johnny Depp. Nessa hora eu gritei como uma louca. Não, eu não estava vendo ele, mas eu sabia que ele estava lá. Só que as histéricas que gritam estavam lá perto, ninguém perto de mim gritou, e ainda me olharam como se eu fosse uma brasileira louca. hahahah
   Continuei tirando fotos do pouco que eu via até que todo mundo entrou e acabou aquela coisa toda. Aí a gente foi fazer nosso piquenique na praia, esperando o cinema de graça que fazia parte do festival.
O telão no mar


Tom, eu e Luisa. A Gabi tava tirando a foto...
   Foi muitooo legal, eles deram cobertorezinhos e a gente pegou um lugar legal. Só o filme que eu não gostei muito não, é um do Federico Fellini, de 1983 (que eu achei que era de 1950 pelo estilo), chamado "E la nave va". Filme italiano com legenda em francês já não é fácil, e era entediante ainda.. 
   No domingo eu estava sozinha, todo mundo já tinha voltado, eu queria ver mais - aproveitar que eu tava lá e era meu dia de folga né. Por mim eu ficava na gradinha lá o dia inteiro, esperando o tapete vermelho no fim da tarde de um lugar muito bom, e até fiquei uns 15 minutos lá, até que me falaram que hoje era um filme francês e só ia ter atores franceses lá. Aí eu desanimei e passeei um pouco por Cannes antes de vir embora.


   Quando eu estava indo pra estação de trem me entregaram um jornalzinho de rua, edição especial do festival. Na capa estavam o Johnny Depp e a Penelope Cruz no tapete vermelho. Eu reconheci o vestido dela e fui olhar minhas fotos de novo. E não é que eu tinha visto eles mesmo? Tinha foto e tudo... Nada reconhecível, mas estava lá!
   Talvez domingo que vem eu tente ir pra lá de novo. O trem não é caro (não é um trocadilho), e se eu conseguir chegar cedo pra ficar num lugar que dê pra ver, vale a pena!



terça-feira, 10 de maio de 2011

Les Bravades de la Saint Maur

   Nesse fim de semana aqui em Cogolin teve as <<Bravades de la Saint Maur>>. É um evento anual que acontece em três cidades da região: Cogolin, Saint-Tropez e Saint Maxime. Eu não achei ninguém que me explicasse o significado da coisa, o google não me ajudou, e o wikipedia diz o seguinte:

"La bravade est une fête patronale caractérisé par un défilé de jeunes gens costumés et armés de tromblons."

   O que o google tradutor me disse que significa:

"A bravata é um dia de festa marcado por um desfile de homens fantasiados armados com bacamartes".

   Aí eu continuei minha pesquisa para descobrir o que era um bacamarte (o que eu tenho certeza que a dona Sonia me responderia em segundos): é uma arma de fogo curta, de cano largo e curto (mais alargado na boca), reforçada na coronha (século XVI). Ou isso:
   Bom, não era bem isso que eles tinham lá não, eram umas espingardas enormes e bastante barulhentas. 




   A festa foi da sexta ao domingo (que aqui não foi dia das mães). Na sexta teve, além do desfile, uma apresentação de dança folclórica, que parecia ser muito legal, porém eu não pude ir porque ainda estava com a Tessa. 
   No sábado, o desfile passou quase que por todas as ruas da cidade. Eles andavam até ter uma casa que tivesse colocado alguma coisa branca e azul clara, como uma bandeira, e flores na calçada, aí parava o desfile todo, e eles atiravam. Eu não entendi nada, mas enfim era isso. Anda mais um pouquinho, para, atira, anda. Eu acabei me cansando dessa brincadeira e fui embora. 




   No domingo foi mais legalzinho, tinha muitaaaaa gente fantasiada. Homem, mulher, criança, bebês... Teve uma missa de manhã, e ia ter a benção das flores - todo mundo comprou um buquezinho de flores na porta da igreja - e os homens que faziam parte do desfile colocaram as flores nas espingardas e espadas. Saindo da missa teve uma procissão, que foi basicamente o mesmo desfile, só que seguido do Saint Maur e do resto das pessoas que estavam fantasiadas. Eu acompanhei até a metade do caminho, aí quando eles passaram o ponto que era pra ser o final e continuaram andando, eu cansei e voltei pra casa.





Les Bravades de la Saint Maur

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Follow the yellow dash road

   Sexta-feira passada eu fui no circo. É muito legal ver como algumas coisas são exatamente iguais em qualquer parte do mundo. E com isso eu quero dizer que é muito legal como algumas coisas são muito parecidas no Brasil e na França. 
   Como no Brasil, "circo legal não tem animal" desde 2006, fazia um bom tempo que eu não ia em circo, porque convenhamos, circo sem animais não é circo. É muito ridículo não permitir animais em circos e permitir rodeios, mas enfim. Aqui na França pode, e tinha um aqui na cidade semana passada (acho que ele ainda está lá), o Cirque Luigi Zavatta. Perguntei pra Tessa se ela queria ir, e lá fomos nós na sexta à noite. 
     Tudo era do jeito que eu lembrava que era quando eu ia em circo quando eu era pequena, só não tinha aquelas fotinhos pequenininhas que vinham no negocinho de plástico e pra ver tinha que colocar contra a luz - alguém por favor me fale se isso tem um nome, ou me mande uma foto pra eu por aqui.
Atualizado no dia seguinte, com a ajuda da minha querida amiga e xará:
<< Monóculo de fotografia >>

   Ah, e também não tinha macacos, e eu nunca tinha visto um circo sem macacos. Mas tinha leões, cavalos, camelos, dromedários, uma zebra, cobras, gansos(!), palhaço, mágico e pipoca. =]
Esses bichos são enormes!!!

   Sábado eu tive só que levar a Tessa no Ponei às 9h da manhã, e o resto do dia de folga. Aproveitei pra não fazer nada o dia inteiro. Ai que vida difícil..
   Domingo fez aquele sol, eu saí com a Audrey pra fazer outra parte da caminhada pela borda do mediterrâneo. Tem uma trilha de muitos kilometros que vai de Cavalaire até St Tropez pela borda do mar, e a gente está fazendo por partes. A semana passada foi L'Escalet - Cap Taillat, e ontem a gente fez L'Escalet - Cap Camarat, o que foi muito mais comprido e cansativo. Como as fotos são muito parecidas com as de segunda passada, fiz um videozinho, que eu não consegui colocar aqui diretamente mas é só clicar aqui.

   Essa trilha é marcada por traços amarelos, pra você saber pra onde vai, e cruzes amarelas pra onde não pode ir, como dentro de propriedades e caminhos sem saída. 
Siga os traços amarelos


   Após um domingo cansativo, McDonalds e... ir pro bar. Era inauguração de um bar na beira da praia, e como eles conhecem todo mundo, foram convidados e eu fui também. Muito legal o lugar, apesar de um pouco carinho. Acorda Nathalia, é um bar de frente pro mar perto de St Tropez, você queria o que?
   Pra terminar bem: hoje de manhã, no curso, a professora perguntou o que todo mundo tinha feito no fim de semana. Uma das mulheres contou exaltada que ela tinha visto um OVNI, descrevendo certinho o que é uma estrela cadente.